De 23 a 27 de setembro ocorre a Semana de Mobilização contra a Raiva no estado de São Paulo. Em Votuporanga, profissionais da saúde estão visitando as escolas da rede municipal de ensino para promover palestras de conscientização aos alunos. As atividades são desenvolvidas de forma lúdica, com personagens em pelúcia para que as crianças entendam mais sobre a doença e a importância da vacinação. O objetivo é que através delas, as informações cheguem até as famílias.
A vacina antirrábica previne contra a raiva em cães e gatos, que precisam ser vacinados anualmente. É dever e responsabilidade dos tutores garantir esse direito aos seus animais de estimação, além de ser obrigatório por lei, é de suma importância para garantir a manutenção de controle da raiva nos animais para saúde da população em geral.
A vacina
Podem ser vacinados cães e gatos acima de três meses que estão em boas condições de saúde e que não estejam passando por algum tratamento ou estejam debilitados. As fêmeas não podem estar em período de gestação ou em fase de amamentação. É importante manter a vacina em dia pois é a única forma de prevenção contra a doença, além de ser determinada por lei para todos os tutores de animais.
As doses da vacina antirrábica são oferecidas gratuitamente na sede da Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, situada na Avenida Dr. Augusto Aparecido Arroyo Marchi, 4.221 (Jd. de Bortole), de segunda a sexta, das 8h às 16h.
Mais informações sobre a vacinação podem ser obtidas através dos telefones (17) 3406-3175 ou 0800-770-9786.
A doença
A raiva é uma doença transmitida dos animais ao homem, e vice-versa, por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Atinge o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução.
A transmissão ocorre quando os vírus existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordida, arranhão ou lambida.
A doença apresenta três ciclos de transmissão: urbano, representado principalmente por cães e gatos; rural, representado por animais de produção como bovinos, equinos, suínos e caprinos; e silvestre, representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.
Sintomas nos animais
Em todos os animais costumam ocorrer os seguintes sintomas: dificuldade para engolir; salivação abundante; mudança de comportamento; mudança de hábitos alimentares; paralisia das patas traseiras.
Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”; e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Sintomas em humanos
Os sintomas em pessoas são característicos, no início, por: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordida; essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva:
– lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
– procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo;
– não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva;
– o animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais;
– se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, acionar a Vigilância Ambiental;
– nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas;
- em caso de encontrar morcegos, mesmo que pareçam estar mortos, não entrar em contato em hipótese alguma, apenas acione a Vigilância Ambiental para que faça o devido recolhimento.
Mín. ° Máx. °