A humanidade sofrida e angustiada avidamente procura por Jesus. Busca o Mestre Divino na certeza de encontrar solução para os seus problemas e alívio para as suas dores. No entanto, observando o sofrimento que campeia ao nosso redor, é fácil entender que ainda não logramos encontrá-Lo.
Por certo Ele não se esconde, nem tampouco se furta em socorrer quem O busca; o que ocorre é que queremos encontrá-Lo seguindo caminhos diferentes daqueles que informam as Suas imprescindíveis e oportunas lições.
Onde estará, então, Jesus?
Com certeza O encontraremos na criança sofrida e muitas vezes abandonada, que estende as mãos suplicantes, rogando um pedaço de pão, um agasalho, um gesto de carinho ou mesmo um teto para morar. Socorrendo-a, estaremos diante do Mestre, que de braços abertos nos acolherá num fraterno abraço.
Estaremos diante Dele quando utilizamos o nosso tempo de folga para desenvolver qualquer atividade que possa servir aos adolescentes e jovens, que seguem pelos escabrosos caminhos da vida, desfrutando de incertezas, dúvidas e da ausência de sadias oportunidades. Ao criarmos mecanismos que possam ampará-los, oferecendo-lhes um norte na vida, teremos Jesus junto de nós.
Se encontrarmos tempo para observar a velhice abandonada e desprotegida, seguindo pelas vielas sombrias da solidão, e nos dispusermos a amenizar, mesmo que seja um pouco, a angústia e a tristeza de quem se vê longe do afeto dos familiares queridos, sem dúvida veremos o Cristo estender um sorriso em nossa direção.
Tendo a acuidade de verificar, ao nosso redor, quantas mães choram por ver o fogão sem lume e as panelas vazias, e nos propormos a secar as doloridas lágrimas que queimam seus rostos, providenciando o alimento que saciará a fome de seus filhinhos, sem dúvida vislumbraremos a satisfação de Jesus, que nos derramará Seu olhar terno e acolhedor.
Tomando a iniciativa de caminhar com o chefe de família desempregado, à procura de uma ocupação que possa lhe garantir ganhar o sustento com o suor do próprio rosto, devolvendo-lhe a dignidade e a satisfação de poder atender aos seus deveres de cidadão, com certeza depararemos com a alegria do Divino Mestre a nos contemplar com generosidade.
Conseguindo esquecer um pouco os nossos problemas para identificarmos as preocupações que atormentam os irmãos de caminhada, com o desejo firme de levar alento aos seus corações atormentados, além de afrouxarmos as garras do egoísmo que nos maltrata, ainda teremos o prazer de encontrar a desejada aprovação de Jesus.
São tantos os caminhos, tantas as formas, apenas precisamos saber como procurar pelo Cristo, usando o roteiro que Ele mesmo nos orientou: “Tudo o que fizerdes a um desses pequeninos é a mim que o fazeis.” (Jesus - Mateus 25,40).
Qualquer outro rumo ou direção que insistirmos teimosamente em seguir não nos conduzirá ao porto seguro da paz e da felicidade. Já erramos demais; é tempo, então, de refletirmos se realmente queremos encontrar Jesus ou não, pois ninguém poderá ignorar o Seu paradeiro.
A escolha e a decisão são absolutamente nossas... exclusivamente nossas.