O "I Seminário Cuidando das Dores: uma interface entre mente e corpo" foi realizado no câmpus Centro da Unifev, no último sábado (05/04), pelos cursos de Psicologia e Fisioterapia. O evento reuniu profissionais da saúde para um debate aprofundado sobre cuidados paliativos sob uma perspectiva multiprofissional.

Voltado para alunos das graduações de Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem e Medicina, além de profissionais da saúde, o seminário colocou o ser humano no centro das discussões e teve como foco a importância do acolhimento e da escuta no cuidado integral de pacientes.

A coordenadora do curso de Psicologia, Profa. Dra. Carol Godoi Hampariam, destacou a relevância do evento para a formação dos futuros profissionais. “Os profissionais da saúde atuam desde a prevenção até o enfrentamento da finitude, um tema delicado e pouco explorado na formação acadêmica. Tendemos a criar defesas, mas ouvir especialistas é necessário, pois nossa prática lida tanto com a esperança de cura quanto com prognósticos nem tão positivos. Compreender como abordar e ser afetado por essas situações é necessário para a nossa atuação”, afirmou.

A coordenadora do curso de Fisioterapia, Ana Paula Pelosi, ressaltou a importância da integração entre as diferentes áreas da saúde para um cuidado mais completo e humanizado. “Reunimos diversas especialidades, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos, para abordar o cuidado integral de diferentes dores. A união da equipe multiprofissional, com um objetivo comum, promove um acolhimento maior e, consequentemente, um resultado mais eficaz e de qualidade para o paciente”, pontuou.

A médica oncologista clínica Júlia de Oliveira Cordeiro abordou os desafios no cuidado de pacientes com doenças graves, enriquecendo o debate com sua experiência. “No final da vida, a dor é um sintoma comum e complexo, indo além do físico. É essencial que a equipe multidisciplinar esteja preparada para tratar o que chamamos de dor total, que engloba os aspectos físico, emocional, social e espiritual do sofrimento do paciente. Um cuidado integral exige essa abordagem cuidadosa e abrangente”, detalhou a especialista.