O Dia dos Pais deste ano tem um significado especial para Eloi Richarti, de 42 anos. Pai das quadrigêmeas Lavínia, Laura, Helena e Heloísa, ele vai celebrar a data no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto, onde as meninas estão internadas na UTI neonatal desde o nascimento, há dois meses.
As quatro meninas, que nasceram prematuras no dia 10 de junho, com apenas sete meses de gestação, pesando entre 500 e 900 gramas, seguem em recuperação na unidade hospitalar. Apesar do longo período de internação, Eloi e sua esposa, Viviane Papani, de 38 anos, permanecem otimistas e celebram cada conquista das filhas.
“É uma felicidade enorme. Tem horas que parece que a ficha não caiu, mas é uma sensação única, só tenho a agradecer. Vai ser um Dia dos Pais atípico, mas estarei cedinho lá com elas, só quero poder aproveitar ao máximo”, compartilha Eloi.
As quadrigêmeas estão passando por um período de cuidados intensivos para ganhar peso e se desenvolverem de forma saudável. Duas delas, Laura e Helena, já atingiram o peso ideal e receberam alta médica, mas os pais decidiram que levarão todas as meninas para casa juntas, o que depende da recuperação de Lavínia e Heloísa, que ainda precisam de suporte médico.
“Já estamos bem próximos da nossa vida em casa. Cada dia é uma vitória e Deus me presenteou com muito mais do que eu pedi. O Dia dos Pais agora tem um significado todo diferente”, comenta Eloi.
O nascimento das quadrigêmeas foi fruto de uma fertilização in vitro realizada em dezembro do ano passado. O casal, que mora em Olímpia (SP) e estava tentando engravidar há três anos, foi surpreendido com a notícia de que seriam pais de quatro meninas, sendo três delas gêmeas idênticas.
Durante a gestação, que foi considerada de risco, Viviane recebeu cuidados médicos constantes, mas surpreendeu a equipe ao conseguir levar a gravidez até as 28 semanas. O parto, realizado no HCM, envolveu uma equipe de 30 profissionais, que se prepararam para receber as quatro bebês.
A chegada das quadrigêmeas é considerada um marco histórico para a cidade de Olímpia. Segundo a Prefeitura, este é o primeiro caso registrado no município e um dos poucos em toda a região.
Enquanto aguardam a tão esperada alta hospitalar para levar as filhas para casa, Eloi e Viviane passam os dias no hospital, acompanhando de perto cada progresso das meninas. "É um momento de muita emoção e gratidão. A cada dia, estamos mais perto de ter nossas meninas em casa e de começar essa nova fase em nossas vidas", conclui o pai, emocionado.